Análise sobre o filme “O Espanta Tubarões” (2004), dirigido por Vicky Jenson, Rob Letterman e Bibo Bergeron.
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Em 1998, a recém-criada Dreamworks chutou o balde logo em sua estreia ao lançar “FormiguinhaZ”, um filme de conceito extremamente semelhante ao do filme de sua concorrente Pixar, “Vida de Inseto”, lançado pouco mais de um mês depois. Apesar das desavenças entre os estúdios e das polêmicas sobre plágio, ambas as obras foram muito bem-recebidas, tanto pelo público quanto pela crítica, cada uma com suas virtudes e particularidades. No entanto, entre 2003 e 2004, uma situação semelhante veio a ocorrer quando a Pixar lançou um de seus maiores sucessos, “Procurando Nemo”, uma animação sobre um peixe palhaço que cruza o mar em busca de seu filho raptado, e que encantou à todos com seu visual espetacular, personagens cativantes e humor e drama bem equilibrados. Em contrapartida, em 2004 tivemos o lançamento da Dreamworks com “O Espanta-Tubarões”, uma aventura que também se passa embaixo d’água e protagonizada por um peixe, mas com um tom bem menos infantil e familiar e buscando algo mais descolado e juvenil, com um protagonista boa pinta tentando se dar bem na vida e que encontra a oportunidade ao assumir a culpa pela morte de um tubarão. Assim como no filme de formigas da empresa, “O Espanta-Tubarões” trouxe um elenco estelar formado por Will Smith, Robert De Niro, Angelina Jolie e muitos outros. Mas a falta de carisma dos personagens, a trama sem foco e um trabalho de animação que não sobreviveu ao teste do tempo mostram que o filme, apesar do bom retorno comercial, dessa vez não foi a resposta adequada ao sucesso do filme equivalente da sua maior rival.
Roteiro: Bruno Cavalcanti
Edição/Locução: Alexandre Damaso
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